Eu
sou uma peça.
Assisti aos filmes “Minha
mãe é uma peça 1 e 2”, em um dos filmes dona Hermínia sai de casa e deixando os
filhos Juliano e Marcelina sozinhos em casa, eles se desesperam, pois não
conseguem nem se alimentar sem ela. Já no segundo filme são eles que vão embora
e isso deixa Hermínia triste e desolada.
Minha mãe resolveu fazer
uma viagem por 7 dias, e ficarei, estou sozinha em casa, posso afirmar que a
sensação não é boa não, muitas tarefas a fazer e ninguém e ninguém para
repartir elas comigo.
Estou como? Com o ninho
de “filha” vazio. Me sentindo uma peça sem encaixe.
Segundo Maturana (2001,
p.43), qualquer relação social depende de assumirmos as capacidades do outro
envolvido nessa relação, e se isso não ocorrer, essa relação deixará de ser
social.
Por isso, uma
aprendizagem que a “Psicologia da vida adulta” vai deixar, é que a separação
causa dor e que a adaptação a uma nova forma de viver e agir necessita de muita
coragem e amor. Pois não será apenas um lado que irá sofrer com a mudança, ambos irão se envolver nessa mudança
de relação social, se colocarem-se no lugar do outro perceberão que muitas outras
capacidades novas irão aparecer.
Foto: Facebook/Minha Mãe é
Uma Peça - O Filme/Reprodução
Nossa cultura educamos, criamos e preparamos nossos filhos para a conquista a independência, buscar seus próprios caminhos, sabemos que isso irá acontecer, mas achamos que este dia nunca vai chegar e quanto menos esperamos um dia ele chega.
ResponderExcluirNossa Diuliane sua postagem me fez voltar ao ano passado, quando meu filho saiu de casa para estudar. Vivenciando a "Síndrome do Ninho Vazio", e confesso que muitas vezes ainda tenho minhas recaídas.Mesmo sabendo que o fato de estarem distantes não significa a perda de nossos filhos, e sim uma nova forma de convivência com ela. A fase é difícil, e acredito que ainda mais para os pais que possuem uma boa convivência e relacionamento, como eu, que com a separação conjugal fez com que nos uníssemos mais.
O ideal seria que nos preparássemos desde sempre para este momento, ou seja, à medida que os filhos cresçam e se tornam independentes, planejamos um futuro a "sós".
Conforme Augusto Cury:
"Nada é mais belo do que ter filhos. Nada é mais gostoso do que um abraço, um beijo, uma simples frase dizendo “eu te amo”. Mas o tempo passa, passa a vida e eles criam asas e percorrem outros ares. Entediados, os pais experimentam a síndrome do ninho vazio.
Deram-se, amaram e se preocuparam tanto com seus filhos, mas eles nem sempre saíram como sonharam. Alguns se drogaram ou adquiriram outros transtornos, ou tornaram indiferentes e ainda outros não aprenderam a pensar no amanhã: gastam compulsivamente.
Porém é necessário deixar os filhos caminharem com suas próprias pernas. Nós recolhemos a pena e o papel para que eles escrevam a sua história. Nós deixamos de superprotegê-los, para que saiam de nossa sombra e conquistem segurança.
Muitos filhos só irão reconhecer a grandeza de seus pais quando os sofrimentos diminuírem o heroísmo deles, quando baterem asas de encontro às adversidades. É necessário deixa-los voar para que aprendam a viver. (Pág. 105)
CURY,Augusto. O Código da Inteligência.Ed.Sextante/Gmt