terça-feira, 29 de maio de 2018

Reportagem que encanta.

Sou professora há 8 anos mas nunca lecionei na EJA. Desde que comecei a estudar e ler mais sobre como trabalhar  em EJA não encontrei indicações sobre o que deveria ser desenvolvido com os alunos adultos.
"Ensinar significa querer bem os educandos" (Freire 1996, p.159), ao ler uma entrevista concedida à revista NOVA ESCOLA por Timothy Ireland onde ele fala das principais questões que preocupam os estudiosos e dos desafios a vencer percebi que esse querer bem acontece no EJA, fiquei feliz em saber que exista uma série de dados específicos da área,  como mostrado na reportagem, que possam me orientar e concordo com o pesquisador,  o aluno adulto só supera as dificuldades de permanecer na escola se compreender a importância da Educação em sua vida.

Referências
IRELAND, Timothy. Revista Nova Escola. Ed.223, junho/2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 12 ed. São Paulo:Paz e Terra, 1996.

Contextualizando em sala de aula.

De acordo com Piaget "a infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano".
Por isso procuro contextualizar o conhecimento em sala de aula, vinculando os conteúdos escolares a situação que façam sentido para os alunos, incorporando as vivências deles. Assim são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos.
Uma atividade que eles demonstram interesse é quando contextualizo  a leitura e escrita de notícias em diversos tipos de procedimentos, como por exemplo ler textos jornalísticos no jornal impresso,  entrevistar pessoas, e até publicar uma "reportagem de verdade" etc.
Na escolha do contexto sempre considero aquilo que é significativo para os alunos na vida e no mundo e para os objetivos da escola. Busco-os sempre na vida cotodiana, na sociedade,  na descoberta de conhecimento.

segunda-feira, 21 de maio de 2018


EJA
Conversando com colegas que atuam como docente no EJA em Cidreira, percebi que para a maioria deles lecionar na EJA é uma experiência simplesmente motivadora, apaixonante e empolgante, que os faz refletir constantemente sobre a prática docente e leva a entender como a educação é uma transformadora da realidade que nos cerca. Observei também que além das dificuldades pessoais, há também dificuldades relacionadas a escola como alguns programas e métodos voltados ao público infantil que precisam serem adequados a esse público.
Pois numa escola de EJA encontramos jovens e adultos com diferentes trajetórias escolares, geralmente de classe baixa, que por alguns motivos como trabalho, reprovação, difícil acesso, pararam de estudar e resolveram retomar os estudos através desta modalidade.
É um público que apresenta uma linguagem que tem como base as experiências de vida e trabalho, de acordo com seu grupo cultural, porém o desenvolvimento é absolutamente singular para cada educando, visto que para alguns a linguagem escolar é difícil de compreender.
Na EJA o professor é mais um facilitador da aprendizagem do que um transmissor de conhecimentos. Por isso o professor que trabalha com EJA precisa combinar o currículo a ser cumprido com uma proposta diferenciada e específica para seus alunos, levando em conta que para muitos desses alunos a EJA é a única e última alternativa para se manterem no espaço escolar.


O ABC da leitura.

A interdisciplina de linguagem e educação tem me apresentado novas aprendizagens prazerosas, pois ela tem trabalhado com práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social e no ambiente doméstico.
Ela me oportuniza ampliar meus conhecimentos em relação à alfabetização, às diferentes formas de letramento e ao planejamento. Também me fez perceber a importância de ter uma escola mais flexível, capaz de desenvolver práticas não voltadas somente ao letramento escolar, mas ao letramento social, oferecendo condições para que os alunos desenvolvam habilidades de leitura, escrita e oralidade com autonomia, para que consigam atender as suas necessidades humanas e sociais, no espaço que estão inseridos.
Com essas aprendizagens tenho colocado em prática com os alunos do 5° ano que leciono, o uso da biblioteca escolar, pois ela potencializa o processo de alfabetização e letramento. Porém, infelizmente, em algumas escolas é um espaço pouco utilizado e vivido, essa não é a realidade da escola em que estou inserida. Ainda bem, pois, possibilidades de leitura e de escrita aumentam quando existem espaços para inserir o aluno, no mundo da leitura e escrita de forma ativa.
De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento da linguagem escrita nas crianças se dá, conforme já foi descrito, pelo deslocamento do desenho de coisas para o desenho de palavras. Contudo, esse processo não é contínuo, ele não se desenvolve em linha reta, como qualquer outra função, o desenvolvimento da escrita depende das relações psicológicas, culturais, sociais, econômicas e políticas.
Tendo em vista isso, com a turma agendo um horário com o bibliotecário para conversarmos sobre a importância dos livros e da leitura.
A nossa ida à Biblioteca acontece pelo menos uma vez na semana. Os alunos podem ler livros na própria biblioteca e também fazer empréstimo do livro que gostaria de ler em casa.
Sendo assim, o livro fica uma semana com o aluno e toda semana há um novo empréstimo.
Então, cabe a nós educadores buscar conhecer nossos alunos, analisar o meio em que eles estão inseridos, as relações que eles estabelecem com esse meio, bem como considerar o conhecimento que esses alunos já carregam e construíram antes de ingressar na escola, para que se possa alfabetizar letrando, ensinando os indivíduos a ler e a escrever no contexto das práticas sociais.

Uhull! AcaboOuUUUUU O post de hoje não tem nenhum conteúdo importante e teórico para ser abordado, aliás, tem sim... a apresentaçã...