sexta-feira, 21 de dezembro de 2018


Mais um semestre que chega ao fim e com ele novas aprendizagens foram adquiridas.
Refletir sobre conceitos já estudados anteriormente, revisar as próprias postagens, fazer a revisão escrita do que já foi escrito e a dos colegas me fez conhecer melhor a mim mesma e aos outros, ampliando conhecimentos adquiridos anteriormente.
Posso afirmar que a proposta de interação, a revisão e o compartilhamento de ideias são sempre muito significativos para o aprimoramento da nossa jornada no curso.
Durante esses 8 semestres foram muitos os caminhos abertos, uma chuva de possibilidades, de ferramentas e de ambientes foram apresentadas.
Enfim, hoje em dia percebo que percorrer o caminho em busca da educação é longo, e que percorrer esse caminho, será uma caminhada de eterna aprendizagem. Com o passar do tempo me aprimorei mais dos espaços, comecei a me sentir mais a vontade em colocara a vista minhas  evidências, aprendizagens e construções, refletindo e relacionando de forma mais objetiva e clara como as aprendizagens adquiridas ao longo do curso transformaram minha prática, modo e pensar e agir.
Então... que venha o 9° semestre!!!

Cadê a democrácia?

Recordando postagens passadas e comparando com a atualidade que vivencio e vivenciei durante o estágio fica claro as fragilidades que cercam a organização escolar e como é preciso compreender como esse processo funciona.
Para mim que atuo como professora em dois municípios, fica evidente que em diversos momentos, os governantes tem um discurso disfarçadamente democrático e que a gestão escolar ainda carrega características patrimonialistas, onde suas ações são centralizadas e causam a burocratização do acesso as informações, tornado assim a escola não democrática.

Avaliação: Certo ou Errado

Com os textos estudados nos semestres passados aprendi que o ideal é não aplicar muitas provas no mesmo dia. No entanto no decorrer deste último semestre percebi que nem sempre é possível fazer aquilo que estudamos na teoria.
Mesmo para uns a sensação de aplicar prova, uma situação de medo e angústia, neste último trimestre tivemos muitos feriados, feriados ponte e dispensas, tudo isso dificultou a aplicação de provas separadamente, já que a escola exigi que as avaliações sejam somativas.
Apesar de não se tratar de uma situação de certo ou errado, busquei sempre que possível, organizar os alunos de modo que a turma, tivesse tempo de se preparar e realizar avaliações com tranquilidade, fazendo assim com que superassem seus medos e conseguissem realizar as avaliações da melhor forma possível.


Inclusão

A turma de 5° ano qual leciono e realizei meu estágio, tem uma aluna de inclusão. Acredito que um dos papéis da escola é promover o aprendizado para o convívio com as diferenças e que este trabalho deve ser sistematizado, um, trabalho visando envolver todos na construção de um ambiente acolhedor, em que as diferenças sejam vistas de forma respeitosa, onde haja crescimento e trocas de oportunidade.
Por isso na minha sala nunca permiti, nem ignorei as exclusões, apelidos, comentários e brincadeiras preconceituosas.
Sempre busquei garantir êxito entre todas as crianças, em situações diversas para que as crianças se vissem e fossem vistas pelo grupo como valorosas.


Debate em foco.

Debater e trocar sobre diversos conhecimentos se tornou primordial durante esse meu período de estágio. Como o tema trabalhado foi o lúdico, depois de expor cada assunto e tema, procurei propor uma discussão coletiva entre os alunos, para que a turma entrasse em contato com outras informações.
Com essa prática de estágio posso dizer que atualmente estou mais preocupada, com a qualidade do que com a quantidade de conteúdos propostos aos alunos, coisa que ao entrar na faculdade era totalmente diferente.
Tanto que na segunda semana de estágio, organizei a turma em duplas, para que as informações  não ficassem mais restritas à experiência pessoal, com isso busquei que os alunos percebessem a importância  de discutir a fundo uma questão e compartilhar o que eles pensam.


Ser diferente é normal.

Desde o início do ano minha turma se destacou por ser heterogênea. Cada um é de um jeitinho. Sempre soube que cada aluno é único, mas com o passar dos tempos percebi que apesar dos alunos serem tão diferentes, para ensina-los é preciso e fundamental levar em conta a heterogeneidade de ritmo e de saberes, para atender a todos e não deixar ninguém para trás, e com as dicas da disciplina do laboratório de criatividade foi bem mais fácil trabalhar com essas dificuldades.
Pois de acordo com Vygotsky ( 1986-1934) , esclarece que  o educador deve ter estratégias diferenciadas para atender os alunos, já que todos não detêm os mesmos conhecimentos nem aprendem de forma igual.

Tabuada de Pitágoras

Ao iniciar o estágio na minha turma de 5° ano percebi que os alunos tinham dificuldades em utilizar a tabuada.
Para tentar sanar essa dificuldade comecei a pensar em uma nova forma de ensina-los a utilizar a tabuada.
Isso tudo envolveu discussão com os alunos sobre a relação dos produtos da multiplicação e as propriedades envolvidas nos cálculos. Tudo isso porque essas ações  ajuda a memorizar os resultados e a encontrar os que eles não sabiam de cor. Para isso utilizei atabuada de Pitágoras. Tabuada essa que foi construída e dialogada com a turma em grande grupo. Esta tabuada permaneceu exposta na sala durante todos os dias letivos do terceiro trimestre.


Organização é tudo!

Ao realizar meu projeto de estagio percebi a importância de realizar as atividades em roda. Pois assim como elas são importantes na Educação Infantil também são importantes na sala de aula do Ensino Fundamental.
Sentar em roda com as crianças, não é uma tarefa simples, principalmente no 5° ano, onde os alunos querem exigem mais movimento e ação.
No entanto, encontrar a forma correta de trabalhara em roda pode transformar as atividades consideradas rotineiras em atividades diferentes.
Durante a prática de estágio, muito trabalhei com meus alunos em roda e percebi que isso favoreceu a identificação de relações, a resolução de problemas e a  experiência com novas situações.
Com isso percebi que o espaço na sala de aula é  muito importante para que acrinaça aprenda de forma autônoma.
Sobre  isso Zabalza afirma que:
“Seja qual for a organização da sala de aula(...) será preciso que os espaços estejam dispostos em função das necessidades das crianças, tornando possível, junto à sua atividade autônoma, a ação compartilha em grupo. De qualquer forma, o professor deve ter consciência de que uma determinada estrutura da sala favorece determinadas atividades”. (1998, p. 262.)

segunda-feira, 19 de novembro de 2018


Reflexões de Estágio - PARTE 2

O estágio tem dimensionado de forma significativa o meu lado profissional, tem me feito refletir sobre o confronto do meu fazer diário.
A aproximação entre mim e meus alunos tem acontecido de forma processual, pois já tinha um vínculo afetivo de experiências com minha turma, por isso o estágio só tem proporcionando novos saberes relacionados à minha prática como professora, aumentando e ampliando, o meu fazer pedagógico. 
Estagiar na turma que já lecionava tem sido fantástico, só vejo vantagens, pois as disciplinas estudadas ao longo desses semestres contribuíram para oferecer um clima de bem-estar físico, afetivo, social e intelectual para o período do estágio. 
Tiveram vários momentos de aprendizagem até o período da regência em sala de aula, as discussões em sala de aula sobre a docência, o porque do estágio para quem já exerce o magistério, planejamentos de atividades, planos de aula e projetos. Todos estão me ajudando a levar meus alunos a agir com espontaneidade, estimulando novas descobertas e o estabelecimento de novas relações, a partir do que eles já conheciam.
A escola tem sido o espaço dessas relações, descobertas, crescimento e construções. Um lugar onde eu como educadora, venho assumindo um papel de mediadora do conhecimento e ao mesmo tempo estou também aprendendo.
Estou desenvolvendo o projeto “JOGOS: Uma aprendizagem significativa”, pois notei através das observações feitas durante o primeiro semestre letivo do ano, que com os jogos e brincadeiras no ensino fundamental, as contribuições, para o processo de construção das aprendizagens das crianças desta etapa de escolarização aumenta e com isso é possível sincronizar disciplinas.
Procuro ao máximo estimular os alunos na leitura, na escrita, nos cálculos, raciocínio lógico, buscando saber qual seria o melhor meio de introduzir o conteúdo e o lúdico no cotidiano da turma e no processo de aprendizagem. Para isso, foi necessário conhecer a realidade dos alunos e aos poucos a cada dia, propor atividades que despertassem seu interesse e suas aprendizagens.
Por diversas vezes me embaso nas teorias estudadas ao longo do curso, como auxilio em situações difíceis. Por exemplo, quando recordo de Zabala, que para ajudar nos dilemas encontrados em sala de aula, nos diz que "da mesma maneira que os dilemas fazem parte dos nossos problemas como professores, podem constituir espaços de aprendizagem profissional. Assim eles passam a se transformar em elementos importantes para a solução de dificuldades e para a melhoria profissional.”
E esses dilemas como a indisciplina, dificuldade de aprendizagem tem se feito presente, em algumas situações do dia a dia. Mas tenho conseguido contorná-los. Com estes dilemas aprende a refletir mais a minha ação, procurando sempre melhorar o que esta errado e refazendo o que é preciso.
As experiências que tenho vivido durante o período de estágio, tem me proporcionado novos saberes relacionados à prática como docente, e para o desenvolvimento de novas posturas enquanto professora. 



Reflexões de Estágio - PARTE 1

Iniciei meu estágio dia 08 de outubro de 2018 , em uma turma de 5° ano na EMEF Francisco Mendes.
Já na primeira semana, mesmo eu já sendo titular da turma no período anterior ao estágio, tornou-se mais notável, que a sala de aula é um espaço privilegiado para as trocas de saberes e de confronto entre a teoria e a prática no dia a dia.
 Essa fase está sendo um momento muito oportuno de aprendizagens, me permitindo vivenciar uma série de atividades educacionais, sentindo com mais ênfase, o interesse dos alunos, isso tem provocado uma reflexão e aprimoramento enquanto professora e aprendiz.
Ao colocar em prática aquilo que aprendi durante as aulas na Universidade, compreendi melhor a teoria de Alarcão (2005), que a ideia de professor reflexivo está baseada no pressuposto de que o ser humano é um ser criativo e não apenas um executor de ideias e práticas que lhe são exteriores. Tendo em vista essa perspectiva posso dizer que diante das incertezas e imprevisibilidades do meu trabalho, como educadora devo, e tenho aprendido a agir de modo inteligente, buscando ser mais flexível.
Tenho buscado não transmitir de forma mecânica os conteúdos, buscado associar a prática em sala de aula na ação-reflexão-ação, ou seja, sempre refletindo antes e após as ações.
Cada dia que passa vejo que educar é algo de extrema importância, e afirmo que é pela reflexão que se abrem novos caminhos para a prática docente, evitando o sistema de reprodução por anos executado por diversos docentes.
Desse modo, desde a primeira semana, procurei refletir e analisar as dificuldades encontradas na sala de aula para que assim pudesse melhor compreender e reconstruir minha prática, na intenção de melhorar o processo de aprendizagem dos meus alunos.
Mesmo já estando em sala de aula há 9 anos, percebo que esse período de estágio é marcante na vida de todo professor. Nesse momento podemos pensar sobre nossa ação-reflexão-ação, compreendendo que educar, vai muito mais do que simplesmente transmitir conteúdo, é preciso pensar e refletir antes que a aprendizagem aconteça. Brilhantemente Freire (2002, p. 18) nos diz que “é pensando criticamente a prática de ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.
Trabalhando com projeto em meu estágio, tenho tido oportunidade como aluna e professora de intercalar minhas ideias e de meus alunos, com a realidade da escola.
Pois é essa realidade que dá vida ao estágio, diante das carências percebidas durante o período de observação, e mais especificamente no momento da prática, tudo isso tem dado um rumo mais amplo e dinâmico para as intervenções aplicadas.




quinta-feira, 21 de junho de 2018

ResuminhO...

Entre Trancos e barrancos,  estou chegando a mais um final de semestre e nele aprendi muitas coisas.
A interdisciplina de EJA aguçou minha curiosidade,  não tenho experiência em EJA, mas com essa interdisciplina pude pensar melhor a respeito da alfabetização de Jovens e Adultos e refletir que essa é a modalidade mais adequada para eles, pois seu currículo é (deve/deveria ser) adaptado a faixa etária.
Em Didática, Planejamento e Avaliação percebi o apoio,  desde já,  que as leituras irão me dar no estágio que inicia no próximo semestre.
A interdisciplina de Linguagem e Educação, além de me proporcionar refletir importância da oralidade como forma de pensar, trouxe importantes reflexões e aprendizagens para a minha formação pedagógica.
Nesse semestre fiquei mais próxima das TICs, não é minha área favorita (confesso) mas sei e compreendo a importância delas na aprendizagem,  pude com a interdisciplina notar o quanto fomos agregando inovações tecnológicas em nossa rotina pedagógica.
Já em Seminário Integrador,  pude entender que autonomia, pensamento crítico e a troca de saberes são essências para a construção do conhecimento.
Diante das aprendizagens que tive durante o Eixo VII, percebo que posso encarar com mais sabedoria, serenidade e seriedade as propostas da educação.

Mediando o conhecimento

Na infância a criança se diverte ao ouvir os sons das cordas de um violão,  aperta tomadas e observa os efeitos, morde e aperta para poder analisar texturas de bichinhos de borracha, pelúcia etc. Observo tudo isso no Berçário 1, onde atuo como docente.
Isso deixa evidente que explorar o embiente é uma das maneiras mais poderosas que a criança tem a disposição para aprender.
De acordo com Vygotsky "o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma,  seriam impossíveis de acontecer".
Tendo em vista isso e a minha realidade que alterna entre Ensino Fundamental e Educação Infantil, acredito que para gerar desenvolvimento o aprendizado precisa ser organizado, pelo professor que na interação com os alunos, media o acesso a diferentes saberes.
Os estudantes, constroem assim suas próprias idéias baseados no que foi trabalhado em aula com colegas e docentes.

Educação de Jovens e Adultos

De acordo com a conversa que tivemos durante a última aula do semestre de EJA, ficou claro  que a LDB reitera o direito à educação para jovens e adultos que não tiveram acesso aos estudos na idade adequada.  Mas isso requer cuidados e também verbas para oferecer boas aulas a quem quer estudar.
Hoje em dia o EJA tem uma estrutura precária, alguns problemas que se destacaram durante a conversa foram o currículo adaptado do Ensino Fundamental, inadequado para o público,  e professores sem qualificação.
O EJA passou por muitas mudanças,  com importantes conquistas na legislação nos últimos anos. Porém é difícil fugir da conclusão de que essa modalidade de ensino está em segundo plano na lista dos governantes e da própria sociedade.
O professor Evandro Alves foi unânime em afirmar que a única forma de melhorar os indicadores é respeitar as especificidades desse público (pessoas que não terminaram, ou nem se quer começaram,  o ensino regular).
Acredito que pensar na EJA, é pensar  em um modelo mais flexível de escola,  investir na formação dos professores, é preparar os estudantes,  conectando-os a vida.
De acordo com Di Pierro é preciso "preparar os estudantes para o futuro,  como ocorre com as crianças, mas ter um olhar mais sensível a tudo que é relevante para esses jovens e adultos, da saúde à religiosidade. "

terça-feira, 12 de junho de 2018

Tem na Tv a cabo?

Percebo que por muitas vezes estarem acostumados a utilização de aparatos tecnológicos desde a mais nova idade, as crianças não se sentem tão estimuladas com aulas exclusivamente expositivas.
Meus alunos quando estão diante a dispositivos tecnologicos, a atenção de todos eles costuma se voltar para o aprendizado.
Atualmente existem inúmeras soluções tecnológicas que podem ser utilizadas como facilitadoras do conhecimento para as crianças e também são aliadas dos estudos.
Na minha sala de aula por vezes surgem conteúdos difíceis de ilustrar, principalmente na disciplina de Ensino Religioso,  para facilitar a aprendizagem nessa disciplina, frequentemente utilizo filmes e vídeos educativos.
No entanto, muitos professores acostumados com o modelo educacional de suas épocas,  por medo e até mesmo receio das TIC, ainda desconhecem as vantagens do uso da tecnologia na sala de aula.
Embora seja consensual que a utilização das tecnologias da informação e da comunicação na educação não vai substituir o professor,  reconhece-se, hoje em dia, que o trabalho docente pode ser apoiado por esses meios (Silva & Marchelli, 1998).
Portanto, se usada de modo contextualizado, ela é capaz de aproximar,  as situações de sala de aula,  daquilo que os alunos já estão acostumados na vida real, assim professor e alunos se aproximam e passam a compartilhar da mesma realidade.

Brincando e conversando para aprender.

Meus alunos, tanto da EI como do EF adoram brincar.
Na convivência com eles percebo que que ninguém nasce sabendo brincar. É preciso aprender. Assim como também não nasce sabendo falar. É preciso aprender.
As brincadeiras infantis relevam um conteúdo riquíssimo,  que pode ser usado para estimular o aprendizado e a linguagem.
Procuro então,  analisar o contexto social dos meus alunos, pois isso determina quais as brincadeiras escolhidas e o modo como elas serão realizadas.
Faço essa análise através da observação e também utilizo a roda de conversa que aborda o que realmente acontece entre as crianças,  afinal ela é um retrato de suas relações sociais.
Vigotski (1984) afirma que o contato da criança com a linguagem é através da relação com o outro.
Tendo em vista isso, considero importante as brincadeiras e as rodas de conversa para o desenvolvimento da linguagem, pois o desenvolvimento não existe isoladamente, e sim apenas existe se mantém relação com a realidade.

Leitura como objeto de conhecimento.

Eu como leitora procuro ajustar o modo de ler ao objetivo da inicial da leitura.
Na prática de escrever e ler, atividade realizada na análise de cenas, busquei fazer meu melhor interagindo com o texto, utilizando meu conhecimento prévio  sobre o tema e checando previsões.  Pois sei que o resultado disso leva a interpretações e compreensões.
No entanto pra mim esse processo de escrita e leitura não é nada simples, sei também que ele não é natural e automático.
De acordo com Isabel Solé "ler é compreender e compreender é sobretudo um processo de construção de signigicados sobre o texto que pretendemos compreender."
Por isso esse processo aos poucos vem sendo construído por mim.
Tenho aprendido muito como aluna e como professora tenho procurado transmitir,  oferecer aos meus alunos dicas que utilizo quando leio e interpreto. Faço isso da mesma forma como ocorre com outros conteúdos de ensino ou quando mostro como traçar de forma correta uma letra.
Espero que assim, vendo como faço para elaborar uma interpretação do texto, os alunos entendam as estratégias de compreensão e passem a adotá-las.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Reportagem que encanta.

Sou professora há 8 anos mas nunca lecionei na EJA. Desde que comecei a estudar e ler mais sobre como trabalhar  em EJA não encontrei indicações sobre o que deveria ser desenvolvido com os alunos adultos.
"Ensinar significa querer bem os educandos" (Freire 1996, p.159), ao ler uma entrevista concedida à revista NOVA ESCOLA por Timothy Ireland onde ele fala das principais questões que preocupam os estudiosos e dos desafios a vencer percebi que esse querer bem acontece no EJA, fiquei feliz em saber que exista uma série de dados específicos da área,  como mostrado na reportagem, que possam me orientar e concordo com o pesquisador,  o aluno adulto só supera as dificuldades de permanecer na escola se compreender a importância da Educação em sua vida.

Referências
IRELAND, Timothy. Revista Nova Escola. Ed.223, junho/2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 12 ed. São Paulo:Paz e Terra, 1996.

Contextualizando em sala de aula.

De acordo com Piaget "a infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano".
Por isso procuro contextualizar o conhecimento em sala de aula, vinculando os conteúdos escolares a situação que façam sentido para os alunos, incorporando as vivências deles. Assim são capazes de estabelecer relações entre os conhecimentos.
Uma atividade que eles demonstram interesse é quando contextualizo  a leitura e escrita de notícias em diversos tipos de procedimentos, como por exemplo ler textos jornalísticos no jornal impresso,  entrevistar pessoas, e até publicar uma "reportagem de verdade" etc.
Na escolha do contexto sempre considero aquilo que é significativo para os alunos na vida e no mundo e para os objetivos da escola. Busco-os sempre na vida cotodiana, na sociedade,  na descoberta de conhecimento.

segunda-feira, 21 de maio de 2018


EJA
Conversando com colegas que atuam como docente no EJA em Cidreira, percebi que para a maioria deles lecionar na EJA é uma experiência simplesmente motivadora, apaixonante e empolgante, que os faz refletir constantemente sobre a prática docente e leva a entender como a educação é uma transformadora da realidade que nos cerca. Observei também que além das dificuldades pessoais, há também dificuldades relacionadas a escola como alguns programas e métodos voltados ao público infantil que precisam serem adequados a esse público.
Pois numa escola de EJA encontramos jovens e adultos com diferentes trajetórias escolares, geralmente de classe baixa, que por alguns motivos como trabalho, reprovação, difícil acesso, pararam de estudar e resolveram retomar os estudos através desta modalidade.
É um público que apresenta uma linguagem que tem como base as experiências de vida e trabalho, de acordo com seu grupo cultural, porém o desenvolvimento é absolutamente singular para cada educando, visto que para alguns a linguagem escolar é difícil de compreender.
Na EJA o professor é mais um facilitador da aprendizagem do que um transmissor de conhecimentos. Por isso o professor que trabalha com EJA precisa combinar o currículo a ser cumprido com uma proposta diferenciada e específica para seus alunos, levando em conta que para muitos desses alunos a EJA é a única e última alternativa para se manterem no espaço escolar.


O ABC da leitura.

A interdisciplina de linguagem e educação tem me apresentado novas aprendizagens prazerosas, pois ela tem trabalhado com práticas de leitura, escrita e oralidade no contexto social e no ambiente doméstico.
Ela me oportuniza ampliar meus conhecimentos em relação à alfabetização, às diferentes formas de letramento e ao planejamento. Também me fez perceber a importância de ter uma escola mais flexível, capaz de desenvolver práticas não voltadas somente ao letramento escolar, mas ao letramento social, oferecendo condições para que os alunos desenvolvam habilidades de leitura, escrita e oralidade com autonomia, para que consigam atender as suas necessidades humanas e sociais, no espaço que estão inseridos.
Com essas aprendizagens tenho colocado em prática com os alunos do 5° ano que leciono, o uso da biblioteca escolar, pois ela potencializa o processo de alfabetização e letramento. Porém, infelizmente, em algumas escolas é um espaço pouco utilizado e vivido, essa não é a realidade da escola em que estou inserida. Ainda bem, pois, possibilidades de leitura e de escrita aumentam quando existem espaços para inserir o aluno, no mundo da leitura e escrita de forma ativa.
De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento da linguagem escrita nas crianças se dá, conforme já foi descrito, pelo deslocamento do desenho de coisas para o desenho de palavras. Contudo, esse processo não é contínuo, ele não se desenvolve em linha reta, como qualquer outra função, o desenvolvimento da escrita depende das relações psicológicas, culturais, sociais, econômicas e políticas.
Tendo em vista isso, com a turma agendo um horário com o bibliotecário para conversarmos sobre a importância dos livros e da leitura.
A nossa ida à Biblioteca acontece pelo menos uma vez na semana. Os alunos podem ler livros na própria biblioteca e também fazer empréstimo do livro que gostaria de ler em casa.
Sendo assim, o livro fica uma semana com o aluno e toda semana há um novo empréstimo.
Então, cabe a nós educadores buscar conhecer nossos alunos, analisar o meio em que eles estão inseridos, as relações que eles estabelecem com esse meio, bem como considerar o conhecimento que esses alunos já carregam e construíram antes de ingressar na escola, para que se possa alfabetizar letrando, ensinando os indivíduos a ler e a escrever no contexto das práticas sociais.

domingo, 15 de abril de 2018

Eu, professora e as tecnologias.

Acredito que a tecnologia é util para diversos fins, especialmente para os que envolvem aprender e ensinar.
Mesmo não sendo muito boa no manuseio delas, incentivo meus alunos a usarem as tecnologias para escreverem textos, terem acesso a jogos, filmes e se inscreverem no mundo.
No entanto tenho algumas preocupações sobre as mudanças que  ocorrem nos modos de ensinar, aprender e ser, causadas pelas tecnologias de informação e de comunicação (TIC). Sei que novos inventos costumam trazer receios,  certas inseguranças e certo temor, mas, atuando como professora na EI e no EF, percebo que a  Internet pode ser compreendida como uma extensão da nossa vida.
Nas fotos abaixo, meus alunos do 5° ano, trabalhando O espaço e o planeta Terra, utilizando computadores e jogos online.

E agora? Minha turma é heterogênea

Hoje nas salas de aula tema alunos de variadas realidades econômicas, culturais e sociais.
Vivo uma realidade inquestionável na turma de 5° ano que leciono,  tenho uma turma formada por pessoas diferentes,  minha turma é heterogênea!
Admitir a heterogeneidade como uma característica não é o mesmo que lidar com ela na prática, por isso muitos questionamentos rodeiam o meu dia a dia como professora.
Na sala alguns ja aprenderam certos conteúdos e outros não,  então, como respeitar os ritmos de cada um e organizar atividades que impulsionem todos na direção certa?
É uma questão atual, mas que já foi colocada em destaque muitos anos atrás por Vygostsky (1896-1934), no livro A formação Social  da Mente - O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores, ele esclarece que o educador deve ter estratégias diferenciadas para atender os alunos já que todos não detém os mesmos conhecimentos nem aprendem de forma igual.
Atualmentee preocupo mais com a qualidade do que com a quantidade de problemas propostos aos alunos.
Percebo a importância de discutir a fundo uma questão e saber o que eles pensam, buscando assim aprimorar os critérios didáticos para enfrentar o problema.
Exemplo das minhas ações é o projeto " Mais amor por favor" que foi iniciado a duas semanas em minha escola, com o objetivo de prevenir e sanar alguns atos de bullyng que surgiram em nossa escola e principalmente em minha sala de aula.
É um projeto para ser trabalhado durante todo ano, mas a primeira sala a participar foi a do meu 5° ano - estudamos a Lei n° 13.474 que dispõe sobre o combate da prática de bullyng nas instituições de ensino, dialogamos sobre as ações que caracterizam o bullyng, fizemos cartazes de prevenção e assitimos ao filme O Extraordinário que conta a história de um menino  que frequentará a escola regular pela primeira vez e lá precisará lidar com a sensação constante de ser sempre observado e avaliado por todos a sua volta.
O projeto já iniciou um sucesso,  é visível o progresso dos alunos em relação a aprender a respeitar o próximo.
Eles adoraram trabalhar este tema, e outras ações relacionadas a isso ainda ocorreram.
Ver que o objetivo está sendo alcançado e ter o trabalho reconhecido é maravilhoso!

segunda-feira, 2 de abril de 2018

TIC (Tecnologias de Informação e de Comunicação)

É importante lembrar que a simples presença das TIC nas escolas e salas de aulas não é suficiente.
Com a presença delas o docente deve atuar como facilitador, como guia do trabalho da turma, que sustente, oriente e ofereça os auxílios adequados.
Ele vai ensinar (por vezes aprender) o aluno a manejar os meios tecnológicos,  digitar textos e fazer buscas aleatórias na internet.
Tudo isso deve ser feito com contexto de uso dessas tecnologias,  pois é isso que vai determinar a eficácia das atividades.
Sempre que sento com a professora responsável pela sala de informática, procuramos coisas novas, atividades interessantes.
Lembrando sempre que as ferramentas tecnológicas devem estar a serviço de uma proposta pedagógica, com conteúdos e objetivos claros.

Blog - Diário na rede

O blog é um recurso tecnologico bastante conhecido entre os internautas.  Pra nós alunas do PEAD ele serve para que possamos compartilhar com colegas, tutores e professores, nossas aprendizagens.  Para o acompanhamento e  a divulgação de dúvidas, incertezas e certezas.
É um espaço que também nos permitir melhorar e aprimorar a ortografia e a gramática, que permite nos auto-avaliar, além de ser um espaço reservado para que possamos nos expressar livremente.
"Uma vez na rede, o conteúdo será acessado por diversos públicos e por isso precisa ser inteligível."
Por isso tenho aos poucos procurado tomar mais cuidado com o conteúdo e com a forma que o exponho,  procurando deixar as idéias bem claras.

...Não depende de diploma.

Recentemente a mãe de uma aluna, da turma do 5° ano que leciono, veio até mim relatar que tem dificuldades em ajudar a filha nas atividades escolares, no aprimoramento da leitura,  pois é analfabeta. Contou que ela não teve chance de estudar quando era criança pois desde cedo teve que trabalhar.
Diante de tudo isso, falei para ela que apesar de ser analfabeta, ela é um ótimo estímulo para a filha, pois acompanha de perto a vida escolar da filha, nunca perde uma reunião de pais e sempre que pode atende as solicitações da escola.
Grifei que é importantíssimo que ela continue valorizando o tempo de estudo da filha. E se possível pedir ajuda a outras pessoas, vizinhos, colegas da filha, quando a menina precisar de auxílio nas lições e até mesmo quando é enviado bilhete para casa.
Acredito que esse interesse da mãe,  mostra que o exercício afetivo, do interesse,  da preocupação não depende de diploma.

7° Semestre ai vou eu!!

"Meu erro não foi gastar muito,  foi viver demais", assim disse Jorge Guinle, o bon vivant, que morreu pobre mesmo sendo herdeiro de uma fortuna milionária ( que não é meu caso) nasci pobre e... continuo pobre.
Infelizmente, início o semestre não preparada financeiramente para acompanhar semanalmente as atividades,  pois meu computador esta estragado,  Internet cortada e algumas contas atrasadas - pode parecer cliché mas é a minha realidade.
No entanto, estou ciente que para dar conta das atividades e estar em dia com o semestre,  planejamento (isto) e disciplina(aquilo) são fundamentais.
Foco no objetivo, acredito que para vencer e me formar vale tudo, menos desistir.

"Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco,  não sei se estudo,
Saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo."

(Cecília Meireles- Ou Isto ou Aquilo)

Uhull! AcaboOuUUUUU O post de hoje não tem nenhum conteúdo importante e teórico para ser abordado, aliás, tem sim... a apresentaçã...